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MÍDIA NEWS

Expansão fiscal global em foco.


Carta da gestão Panamby Capital, abril de 2024. Analistas macroeconômicos mais enfáticos afirmam que a pujança da atividade econômica americana vem dos gastos e da forte expansão fiscal, realizada desde 2020. Várias regiões do mundo também se encontram em situação similar, mas os EUA se destacam, não só pelas figuras oficiais, como pelo diferencial de crescimento do PIB, em relação ao restante do globo.


Portanto, essa resiliente atividade e a inflação pressionada, são sustentadas pelo fiscal que, em conjunto, provocam o aumento da taxa de juro neutra. Isso faz com que o juro americano se mantenha proporcionalmente mais alto do que o das economias comparáveis, atraindo capital e desvalorizando as moedas ao redor do globo.


As economias emergentes sofrem também essas mesmas consequências, porém com ainda mais força, pois necessitam manter o juro elevado, mesmo com cenário inflacionário sobre controle. Além disso, exige um controle macroeconômico mais difícil e com maior custo político.


O Brasil navegou bem nesses últimos anos e continua apresentando um cenário positivo, com expectativa de crescimento do PIB acima de 2% nesse ano e tendo recebido até mesmo o voto de confiança da Moody’s nesse mês. Porém, perspectivas inflacionarias de médio prazo trazem insegurança, o fluxo de capital financeiro tem decepcionado e a taxa de investimento ainda é baixa.


No curto prazo, o momento parece bom para ativos brasileiros. Entretanto, considerando o patamar esperado do juro americano, o cenário tende a ficar mais desafiador para os próximos anos. Commodities agrícolas continuam com preços comportados e mantêm tendência de leve queda. Por outro lado, ativos que servem de proteção seguem demandados. Os riscos geopolíticos mantêm a tensão em alta e não se vê refresco à frente. A chance de choques inesperados permanece elevada e os gastos nacionais, em defesa e armamentos, só poderão crescer no mundo nos próximos anos.


Para o próximo Copom, esperamos uma redução do ritmo de queda da taxa básica de juro, caindo para 10,50% a.a. e deixando espaço aberto para futuras quedas, podendo chegar em 9,75%, no final do ano. Mas isso virá com a confirmação de que o cenário doméstico e internacional pioraram e que há pouca margem de manobra.


Dessa forma, carteiras e investimentos tradicionais não performaram bem em abril, exceto pelas posições em dólar e ouro. Crédito brasileiro rendeu menos que no 1º trimestre do ano, mas ainda está em um patamar muito bom.


O lado bom da história ficou para o início de maio quando, foi anunciada pela Moody’s uma boa notícia para o Brasil, com a alteração positiva na perspectiva de crédito e, nos EUA, com a manutenção da atividade com menor pressão inflacionária dos indicadores de emprego.


O cenário é cinza, mas em algumas classes de ativos poderemos ter mais clareza sobre as grandes tendencias em breve.


Boa leitura !!



Carta_Panamby_Capital_Abril_2024
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