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MÍDIA NEWS

Nova trajetória do juro americano



Carta da gestão Panamby Capital - Fevereiro 2024


Nos EUA, os indicadores de inflação do último trimestre de 2023 foram tão bons, que até mesmo os mais céticos estavam acreditando que o ciclo de corte do juro americano iniciaria em março. Porém, e em homenagem ao rigoroso Prof. Pastore, nos lembramos que os fundamentos sempre prevalecem. O cenário atual ainda é indefinido e com distribuição de probabilidades muito aberta, o que justifica uma postura precavida pelo Banco Central norte americano.


Considerando que a trajetória da taxa de juro dos EUA é o fator mais relevante na análise macroeconômica global atual, a expectativa que está se formando é que esse processo de baixa da taxa será mais lenta que se esperava há 2 meses. E o impacto desse movimento mais restritivo é quase imediato nos preços dos ativos financeiros, sendo que, nesse mês de fevereiro, o dólar continuou se fortalecendo, aliado às ações e títulos de crédito americanos, que valorizaram mais que de outros países.


Acompanhar a evolução da inflação de serviços e o equilíbrio no mercado de trabalho nos EUA será relevante nos próximos meses.


Enquanto isso a economia americana segue crescendo com consumo forte, apoiando a atividade global, que segue com baixa inflação chinesa e preço de grãos em baixa. Os riscos geopolíticos, incluiíndo aí a eleição americana, deverão estar presentes por um longo período de tempo, trazendo sempre o risco de turbulência repentina, tanto pelos assuntos que já acompanhamos hoje, como por desdobramentos ainda não mapeados. Mais uma razão para prudência na gestão de riscos.


No Brasil, as contas externas continuam muitíssimo bem, justificando o bom desempenho do Real frente à outras moedas de países comparáveis. O cenário político talvez esteja mais calmo, com a resolução ou adiamento de alguns entraves, tais como a transformação da MP da reoneração em projeto de lei e o cumprimento do cronograma de pagamento de emendas parlamentares. Dessa forma,, assim abre-se uma janela para a redução das tensões políticas no curto prazo.


A inflação e economia brasileira seguem mais ou menos como o esperado, sugerindo que o ciclo de queda do juro continue no mesmo ritmo, indo até próximo de 9,25% a.a., no final do ano. A taxa de juro neutra subiu no mundo inteiro e no Brasil não foi diferente. Se esse raciocínio estiver correto, será difícil ver a taxa muito abaixo desse nível nos próximos anos.


No contexto local, a moeda brasileira, apesar de desvalorizar, performou melhor que os comparáveis, as ações subiram, mas menos que as internacionais e o credito brasileiro valorizou, alinhado ao movimento externo.


Boa leitura !!






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