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MÍDIA NEWS

A primeira decisão do FOMC de 2022.


A decisão de política monetária nos EUA trouxe mais luz para os próximos passos do FOMC, confirmou o final do tapering no começo de março e sinalizou como muito possível a alta de juros na decisão de 16 de março. A conferência do FOMC se concentrou nas principais perguntas que o mercado tenta antecipar: quando, qual a ordem e qual o ritmo de redução dos estímulos. Em nossa opinião, a ordem já estava definida desde o início do tapering em Novembro: final das compras mensais de títulos de longo prazo, elevação dos juros e, algum momento depois, redução do balanço. A fala de Jerome Powell trouxe mais confirmações do que novidades. As mais importantes para os preços dos ativos são:

1) Que o cenário econômico é muito diferente do período de normalização de 2013-2019. No quadro atual: a inflação está alta, a desinflação será lenta e o crescimento está acima do potencial.

2) O ritmo da normalização será definido pelo quadro econômico, o que deixa a porta aberta para as várias formas de ajuste mais rápido: altas de 50 ou altas de 25 sem pausas.

3) As condições estão extremamente acomodatícias e o principal instrumento de ajuste destas condições é a Fed Fund. Tudo indica que grande do ajuste monetário acontece em 2022. A implicação para os emergentes é que aumento do custo do dinheiro tem desdobramentos negativos para os preços dos ativos, incluindo os juros. Devemos ver os passos do FOMC pesando ainda mais sobre as decisões dos bancos centrais emergentes.


Tatiana Pinheiro é economista chefe e sócia na Panamby Capital.


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