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MÍDIA NEWS

Economia global em tempos de guerra


Nem todos os países estão envolvidos em conflitos militares, mas todos vivem em um ambiente de guerra.


Escolhas difíceis, que só são tomadas em momentos de guerra, terão que ser implementadas no futuro próximo, como por exemplo, aumentar orçamento militar e diminuir welfare state. É o que acontece quando existe um sentimento de ameaça militar ou mesmo econômica.  


Imaginem a dificuldade de aceitação dos europeus para essa queda do padrão de vida. Países da Europa procrastinaram decisões importantes há décadas e pouco fizeram para ganhar produtividade e, até mesmo, para se proteger. A conta chegou e para quem quiser se aprofundar no assunto, a sugestão é o relatório do rigoroso Mario Draghi, ex-presidente do ECB*. https://commission.europa.eu/topics/eu-competitiveness/draghi-report_en.


Aumento de tarifas na importação de produtos de outros países e a redução do comércio global, tendem a gerar inflação e esfriar a economia mundial. Economia de guerra! Some-se às ameaças explícitas de agressão e invasão militar, adicione uma onda de desregulação e o velho oeste está de volta. Os mais fortes irão cobrar mais caro por seus mercados, pelo apoio e pela sua proteção, tanto a nível soberano, quanto empresarial.


Regulação, quando exagerada, é chamada burocracia, que aumenta o custo e degrada o ambiente de negócios. A boa regulação protege o consumidor e impulsiona a pesquisa e inovação nos mercados.


A lógica desse ambiente hostil é que os mais fortes ganham e os mais despreparados perdem. O bolo cresce mais devagar, mas os agressores mais preparados aumentam sua fatia.


E os países mais desequilibrados, tanto política, quanto economicamente, que se segurem. É natural que esse cenário conspire para união interna, ufanista, como estamos assistindo no Canadá. Governos e empresas que melhor e mais rápido se adequarem para esse novo mundo velho, sairão menos machucados. Liderança será chave nesse processo. 


*Em setembro de 2024, Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, apresentou um relatório abrangente sobre o futuro da competitividade europeia à Comissão Europeia. O documento destacava os principais desafios econômicos e estratégicos que a União Europeia (UE) enfrentava e propunha medidas para fortalecer sua posição global, tais como, Déficit de Inovação, Transição Energética e Competitividade e Dependência Externa.


O ano de 2025 começou com dólar global em baixa, depois de um final de 2024 atribulado. Investidores se prepararam para uma guerra tarifária que não se concretizou na largada, mas foi acelerada nesse dia 2 de março e em função dessas mudanças, os mercados iniciam o mês com expectativa de queda da atividade econômica mundial. As ações caem e o juro norte americano também. É interessante o comportamento dos títulos soberanos dos EUA.


Quando o país balança, desequilibra junto o restante do mundo, em um movimento sincronizado de aversão ao risco. Ao se procurar proteção, os investidores compram justamente os tais títulos americanos, ou seja, quando EUA fazem política macroeconômica confusa, o juro lá cai, mesmo que inflação e risco sejam para cima. A vida como ela é.


Enquanto isso, no Brasil, ao mesmo tempo que tivemos um final de 2024 com muita confusão, houve também uma certa capitulação da realidade política e econômica, com pesquisas de opinião demonstrando o reconhecimento da população de que a situação se deteriorou. A confiança no Governo caiu, e muito.


O Governo brasileiro enfraqueceu e não consegue reagir, não tem variação de jogo. Anunciou que irá combater o super aquecimento da economia com mais gasto público. Dessa forma, caminhamos para dois fatos improváveis de acontecerem em 2025: inflação (IPCA) ficar abaixo de 6% e o Governo ganhar confiança. A questão que fica é como a política irá reagir à essa realidade. Isso irá determinar preço de ativos, dólar e inflação.


De qualquer maneira, o ano iniciou com juro brasileiro e dólar para baixo. O Real valorizando, tanto pelo vento externo, quanto pelo doméstico, onde depois do final do ano esquisito, os negócios voltaram, houve mais liquidez e os preços dos ativos foram mais bem precificados.


Entretanto, na última semana de fevereiro, a preocupação voltou a subir e diminuiu a paciência dos participantes em esperar por decisões de Governo que melhorassem as condições. Em resumo, o cenário não está bom para o Brasil.



Boa leitura !!




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