Brasil Bombando !
- enricoballarati
- 4 de set.
- 2 min de leitura

Enquanto a nova administração norte-americana segue, conforme o esperado pelos analistas, com imprevisibilidade e decisões erráticas, a vida segue seu rumo. Em função das tarifas americanas e da instabilidade das relações internacionais, é de se esperar certa desaceleração do consumo global, que poderá ser compensado por um maior investimento militar e pela produtividade da tecnologia, sinalizando um crescimento mundial de cerca de 3%, nesse ano. A inflação americana prossegue pressionada, enquanto na Europa, se estabilizou e na China, apresenta um viés deflacionário, pelo menos no curto prazo. Esse é o ambiente que permeia uma perspectiva de juro de curto prazo em queda no mundo, apesar da pressão sobre os títulos mais longos.
No Brasil, a inflação corrente surpreende os analistas, sendo que a inércia joga a favor de uma alta de preços mais comedida em 2026. As forças desinflacionárias têm sido, em especial, a valorização do Real e os preços dos alimentos em baixa.
Alguns sinais de desaceleração da atividade econômica também jogam à favor do controle inflacionário. Menor volume de concessões de crédito, queda nos indicadores de confiança e maior nível de inadimplência das pessoas físicas, entre outros fatores, apontam para menor crescimento do PIB em 2026.
Por outro lado, a pressão salarial e o nível de desemprego baixo ainda deixam dúvidas. De qualquer maneira, o cenário se tornou mais animador, estimulando as projeções de antecipação do início do ciclo de corte na taxa de juro e na valorização dos ativos de risco.
Apesar do ruído político atrair bastante a atenção no Brasil, não é isso que determina a direção dos preços. O resultado eleitoral sim, será determinante para nosso futuro.
A temporada de resultado das 200 maiores companhias, no 2° trimestre, apresentou boa performance, revelando que o maior custo da dívida foi compensado por uma melhor eficiência operacional. A inadimplência subiu nas empresas menores, pois elas têm menos alternativas de financiamento em um ambiente de restrição monetária. “Juro alto é concentrador de renda”.
Olhando para o mercado de Crédito Privado no Brasil, o volume de negócios no secundário continua crescente, batendo novos recordes em agosto, demonstrando que a liquidez e a profundidade do mercado de dívida seguem avançando. Ao mesmo tempo, é quase consenso que o prêmio dos títulos de empresas super high grade estão apertados e, apesar do ambiente favorável, pós resultados, há insegurança com um eventual risco de correção nos preços.
Na sequência, elaboramos um pouco mais.
Boa Leitura!!
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