Um Primeiro Semestre Volátil. O segundo será parecido?
- enricoballarati
- 3 de jul.
- 2 min de leitura

Apesar da expectativa de que o choque de tarifas nos EUA provoque inflação e desaceleração econômica, nada disso apareceu no radar até agora.
Em economias complexas, como a americana, é razoável esse tipo de choque demorar para resultar em efeitos no dia a dia. Porém, se as promessas se concretizarem, o custo irá subir e, portanto, terá que ser dividido entre o exportador, as empresas e o consumidor. Se as companhias assumirem o custo maior, a rentabilidade do negócio cai; já se for repassado ao preço, a inflação sobe. São essas duas as alternativas com maior probabilidade de acontecer nos próximos meses, retorno das empresas ou inflação piorar.
Ainda falando em EUA, o crescimento para 2025 foi revisado de 1,7% para 1,4%, o que ainda é bom para as corporações listadas em bolsas americanas. Cair abaixo de 1% fica ruim e os valuations se tornam mais desafiadores.
Mesmo com o ambiente instável e incerto, ações americanas se recuperaram das mínimas e tiveram retorno zero no 1º semestre. Como o dólar americano desvalorizou 10%, investidores estrangeiros tiveram perda quando considerado a moeda doméstica. A esperança de regulação mais favorável, apoio a M&As somado ao corte de impostos, que esta por ser aprovado, vem mantendo o bom momento em ativos americanos.
No Brasil, além do presente do dólar fraco global, cresce a expectativa de uma eleição menos polarizada em 2026. O recuo no IOF foi positivo, e ao que aparece, o Governo está buscando receitas via redução de deduções tributarias e até mesmo estudando revisão de gastos. O momentum parece bom.
De qualquer maneira, 2026 é ano eleitoral e o fiscal não deverá ser muito comportado. O Real valorizou 10% em 2025, e a inflação projetada caiu para 5,4%. Há um intenso debate se o processo desinflacionário em 2026 poderá continuar, considerando, a desconfiança fiscal, o rumo do dólar e força da atividade econômica brasileira.
Abaixo elaboramos com mais detalhes essa análise e as sugestões de alocação.
Boa leitura!!
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