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MÍDIA NEWS

Preço da Energia subindo no mundo

E o Brasil continua na perigosa rota do desequilíbrio fiscal.



Uma das realidades, talvez ainda pouco incorporada nos modelos, é o aumento estrutural esperado no consumo de energia. O fato novo nessa conta é a alta disseminação da inteligência artificial, que consome volume impressionante de energia; as comparações são várias e uma delas é que um chip de IA consome o equivalente a um lar americano. Adicionalmente a esse fato, temos o desafio da transição da matriz energética global e os preços tendem a subir, devendo atrair fortes investimentos.


Energia parece ser não cambiável entre países, mas são. As indústrias mais consumidoras procuram regiões com preços e condições mais favoráveis, o que tende a uniformizar o impacto em termos globais. Além disso, a energia é um dos insumos mais relevantes na indústria. Quem tem energia mais barata produz com mais eficiência e produtividade.


No Brasil, conforme se previa há meses, o preço da energia livre está subindo e a expectativa de restrição da oferta, por vários motivos, irá resultar em custos mais altos ao consumidor, já no curto prazo. Esse cenário não é bom para a situação brasileira. A baixa taxa de investimento no país indica que não haverá alocação de recursos suficientes para enfrentar esses desafios.


Isso é mais um reflexo da crítica gestão fiscal no Brasil, que teima em duvidar das leis básicas da matemática.


Em raros momentos o Brasil teve gerenciamento adequado das contas públicas, sendo que, em algumas oportunidades, chegamos perto de rupturas dolorosas. Nos últimos anos, com tantos desafios locais e mundiais, como pandemia e polarização política, o Brasil veio se aproximando de um desses momentos. Sem uma ação do Governo para reverter o curso, esperávamos o agravamento fiscal para meados de 2025, mas a piora está vindo antes.


Mesmo com emprego crescendo em níveis recordes, salários em alta, consumo bombando, o Governo não tira o pé do acelerador. Para não nos estendermos muito mais por aqui, sugiro a leitura do texto dos excelentes profissionais Marcos Mendes e Marcos Lisboa, que resumem a repetição desse triste e perigoso cenário.


Em função dos aspectos apresentados, teremos juro doméstico mais alto, além de mais insegurança econômica, legal e tributária.


O alívio externo recente, com o juro americano mais baixo e impulso fiscal na China, são positivos para o Brasil. O preço das commodities tende a subir e dólar a desvalorizar, sendo positivo para mercados emergentes.


Boa Leitura !!




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