Deterioração da Confiança Local e Imprevisibilidade da Política Global
Não é só no Brasil que o tamanho da dívida pública tem alterado a precificação e o funcionamento dos mercados.
Pós pandemia, muitos países se viram com necessidade de financiamento mais alta. Tanto investidores, quanto bancos e intermediários, que participam desse ecossistema de financiamento de dívida soberanas, se encontram nos limites de balanço. Além disso, os custos vem provocando a desvalorização dos títulos soberanos frente aos instrumentos de swap.
Portanto, não é só no Brasil que o mercado investidor está se mostrando insuficiente para financiar a dívida pública, mas também nas grandes economias o desafio está maior e é crescente. A diferença é que, no Brasil, além da dívida ser alta, o déficit corrente acelera o crescimento do endividamento. O déficit do setor público é o responsável pela alta do juro no Brasil, e essa alta aumenta o custo de financiamento do Governo.
Nos Estados Unidos, o juro de longo prazo subiu no ano e, em especial, em dezembro, sugerindo que a luta contra a inflação vai ser mais longa que o esperado.
Conforme se lê abaixo em detalhes, a alta do juro americano somado à deterioração local, fez o juro e a moeda brasileira perderem a referência. As novas previsões econômicas estão sugerindo alta da inflação e queda do crescimento econômico.
Esse ambiente ruim atingiu o mercado de Crédito Privado brasileiro, onde investidores passaram a cobrar mais caro pelos empréstimos às empresas. As companhias com alta alavancagem e mais dependentes do consumo de baixa renda, são as que estão sofrendo mais.
Como não poderia deixar de ser, as ações brasileiras apanham sem conseguir aproveitar o bom momento do mercado americano.
A seguir, elaboramos um pouco mais sobre o cenário macroeconômico local e internacional, perspectivas de oscilação no preço de ativos e a alocação de nossas carteiras.
Boa Leitura !!
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