Desequilíbrio fiscal em foco
Gastos estruturais brasileiros dificultam a convergência da dívida
Na primeira carta da Panamby de 2024, falamos que esse era o ano das eleições em várias regiões do mundo. Esperávamos, como ainda é o caso, que a maior tensão viesse do sufrágio norte-americano, mas fomos surpreendidos com eleições antecipadas na França e Inglaterra, que podem mudar as relações de forças e as tendências na Europa. EUA seguem a toada de desaceleração suave da atividade e da inflação. Prevemos início do ciclo de queda do juro em 2025, criando condições para a queda do dólar e certo alívio às moedas. No Brasil, mais uma vez nos assustamos com o desequilíbrio macroeconômico, fruto da gestão fiscal. História antiga. Como diz o Cristóvão Buarque, “insistimos em desafiar as leis da matemática e da gravidade no Brasil.” Pelas notícias dos primeiros dias de julho, o Governo anuncia que irá cortar gastos e pelo menos, nesse episódio, sobrevivemos a mais um susto. Vamos acompanhar os capítulos seguintes para avaliar a determinação do Governo no ajuste das contas públicas. Apesar das fortes oscilações recentes, a economia continuou funcionando bem, com ajuste nos preços dos produtos comercializáveis, em especial na alta do preço dos importados. Ao mesmo tempo, os mercados de investimentos funcionaram bem. A oferta de crédito continuou disponível e o modelo de dólar flutuante, se comportou de acordo com o plano. Boa leitura!!
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